VAMPIROS – História, Características e Lendas.
As lendas sobre a existência dos vampiros são muito antigas e até hoje permeiam o imaginário humano. Mas nos perguntamos quando exatamente a lendas sobre tais criaturas começou, e nesse artigo, vamos tentar esclarecer uma pouco disso pra você.
Antigamente, toda forma de intimidade era condenada pela igreja, e o beijo era uma dessas formas. Acreditava-se que, através do beijo, era possível apoderar-se da alma de uma pessoa, sendo esse ato, hoje em dia tão inocente [rs], visto como algo diabólico, demoníaco. E não só quem beijava era o culpado: se você se permitisse ser beijado, você estava oferecendo a sua alma. Surge daí a lenda do Beijo do Vampiro. O sangue, por sua vez, significa vida. Enquanto o sangue corre em suas veias, a vida também corre, e perdê-lo em demasia, significa a perda da consciência, lucidez – e consequentemente, a própria vida. O significado do sangue é tão forte, que sua simbologia permanece viva nos dias atuais, como no ritual da Comunhão na Igreja Católica, onde o vinho representa o sangue de Jesus Cristo.
Do que se encontra por aí, os vampiros seriam criaturas das Trevas, imortais (ou quase), que se alimentam de sangue. Dizem desses seres que são espíritos de suicidas, ou de pessoas condenadas pela Igreja. Sobre a origem dessas criaturas míticas, dizem que a existência delas vem desde o início dos tempos, sendo Caim o primeiro e mais poderoso vampiro já existente. Conta-nos o Antigo Testamento que, Caim, ao ter assassinado seu irmão, foi condenado por Deus a vagar eternamente, sem descanso, levando consigo um estigma, uma marca; e que ele transmitido isso aos seus descendentes pelo sangue. Curioso não?
Mas voltando aos vampiros, não se sabe ao certo como ou quando as lendas sobre esses seres começaram, tendo sido encontrados relatos de criaturas que se alimentam de sangue desde a Grécia, em 125aC. Algumas lendas dizem que os vampiros são pessoas mortas que voltam nas noites para assombrar os outros. Porém, o mito ganhou força em meados do século XV, com o príncipe Vlad Tsepesh, nascido na Transilvânia e conhecido como Dracula (leia Dracúla), que significava Dragão. Ele gostava de assistir o assassinato cruel de esposas infiéis e mulheres promíscuas, que eram empurradas em direção à estacas afiadas e untadas em óleo.
Outra figura importante quando o assunto são lendas de vampiros é a Condessa Erzsébet Bathory, que viveu no século XVI. A condessa era conhecida por torturar jovens criadas – virgens, e se banhar no sangue delas, para conseguir juventude eterna. Além disso, relatos da época contam que a condessa mordia as vítimas quando as torturava.
Nos séculos XIX e XX, a literatura e o cinema viram nos vampiros temas férteis para suas produções, sendo estes criaturas até admiradas, como o vampiro Drácula, personagem do livro de mesmo nome do autor Bram Stroker, de 1897. Além dele, os memoráveis vampiros Lestat de Lioncourt e Louis, da série Crônicas Vampirescas, de Anne Rice, da década de 1970. Além de livros, esses vampiros renderam filmes, como Drácula Drácula (1931), Às Voltas com Fantasmas (1948), Vampiro da Noite (1958) até Os Ritos Satânicos de Drácula (1973), rácula (1970), Uma Dupla em Sinuca (1970) e Drácula, Pai e Filho (1977). Os vampiros de Anne Rice deram origem aos filmes Entrevista com o Vampiro(1994) e A Rainha dos Condenados (2002). Além desses, vários filmes de terror exploraram o assunto, como o filme de Tarantino, Um Drink no Inferno(1996), além da trilogia de Blade, e Buffy – a Caça Vampiros. Séries de TV também giravam em torno dos vampiros, como Angel e Moonlight, por exemplo.
É difícil, mesmo baseada em tantas produções, se chegar a uma conclusão sobre as características fisionômicas e fisiológicas dos vampiros, mas algumas delas são comuns a várias produções e outras, no mínimo curiosas.
BELEZA – Os vampiros são criaturas de beleza singular, sendo esse artifício usado para atrair suas presas.
FORÇA – Vampiros são naturalmente fortes, infinitamente mais fortes que humanos, e sua estrutura corpórea é sólida, de difícil destruição. Além disso, são capazes de regenerar parte do corpo.
SANGUE – Sangue é o que anima um vampiro, o que dá a este sua vitalidade, sendo que pode ser oriundo de um animal ou mesmo de um ser humano. Para exercer qualquer movimento ou atitude o vampiro necessita deste, pois o coração o bombeia para a região que está em atividade. Devido a isso sua voracidade em obter tal sangue pode ser relacionada a uma fera buscando sua presa. Anne Rice, já dizia em seus livros que tal busca pelo sangue pelo vampiro funcionaria como uma maldição ou um demônio que os faz agir de tal forma, tão impulsiva, tão violenta.
PRESAS – Ao contrário dos vampiros de Stephenie Meyer, os outros vampiros sofrem uma adaptação em sua arcada dentária, tendo seus caninos alongados como uma arma para melhor alcançar a jugular de sua presa.
SENTIDOS – Os sentidos dos vampiros são aguçados para que possam ter vantagem ao caçar seu alimento. Por serem criaturas tipicamente noturnas, seus olhos sofreram modificações anatomo-funcionais, absorvendo a luz do meio. Este desenvolvimento da visão também explica porque os raios de luz solares seriam tão prejudiciais aos olhos de um vampiro. Os vampiros possuem uma sensibilidade auditiva extremamente alta, infinitamente maior que a dos humanos, com isso, ele pode perceber a chegada de outros vampiros ou mesmo seres humanos, podendo se preparar para defesa e ou se esconder. O olfato os ajudaria a distinguir humanos e vampiros, além de orientá-los na hora da caça.
PELE – Alguns livros dizem dos vampiros, criaturas de pele escura, uma vez que eles dormiam em caixões, sua pele entrava em estado de putrefação, juntamente com o restante de seu corpo. No entanto, em seus livros, Anne rice descreve os vampiros tais como Stephenie Meyer, criaturas extremamente brancas e gélidas.
CORAÇÃO – Embora não sejam seres vivos, o coração deles, segundo alguns autores, é o único órgão que funciona. Ele serve para bombear o sangue que o vampiro bebe. Nos vampiros de Meyer, o coração pára de bater assim que a transformação se completa.
REPRODUÇÃO – Mesmo nas obras mais antigas, haviam relatos que reprodução de vampiros. A mulher vampira não é capaz de dar a luz, uma vez que seus órgãos internos se atrofiam depois da transformação. Porém, o vampiro é capaz de gerar um feto em uma mulher humana, e o fruto disso seria uma criança humana com capacidades especiais, como super-força, sensibilidade aguçada, podendo se tornar um exímio caça vampiros. Tal reprodução já era relatada desde a idade média, onde acreditava-se que os vampiros se aproveitavam de sua sensualidade e força para possuir mulheres como amantes.
A partir disso, vários mitos surgiram para falar de como se destruir um vampiro, quais as principais armas e ritos. Os mais conhecidos deles falam que um vampiro não entra nos lugares sem ser convidado, e é sensível à alho – devido ao seu olfato sensível ao forte odor. Ainda há quem diga que eles não são páreos à crucifixos, água benta e qualquer outro artigo religioso – mito que surgiu por se acreditar que vampiros eram criaturas demoníacas.
Exposição ao sol e estacas de madeira no coração eram armas eficientes contra os vampiros antigos e esta lenda foi perdendo força, especialmente depois dos vampiros de Meyer. Porém, as tradições ainda ensinaram que o FOGO e a DECAPTAÇÃO também eram armas eficazes contra essas criaturas.
Fato é que, depois de exposto o lado humano dos vampiros, como, principalmente, as autoras Anne Rice e Stephenie Meyer fizeram, dificilmente alguém destruiria vampiros.
Agora que você já conheceu os vampiros de maneira geral, um pouco de como surgiram as lendas e mitos, que tal ver as principais diferenças entre os mais famosos vampiros da literatura e os seus vampiros favoritos?
